Comparação Livro/Filme - Ensaio Sobre a Cegueira
DANILO SILVA
COMPARAÇÃO LIVRO/FILME
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
UBERABA - MG
2009
DANILO SILVA
COMPARAÇÃO LIVRO/FILME
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
Trabalho apresentado à Universidade de
Uberaba como parte das exigências à conclusão da disciplina de Produção Oral e Escrita do 2º semestre do curso de
Comunicação Social.
UBERABA - MG
2009
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
“Ensaio Sobre a Cegueira” conta a história de um estranho mal, uma cegueira branca que começa a acometer os habitantes de uma cidade, um a um. Sem saber como combater a doença, as autoridades trancam em quarentena os doentes em um manicômio abandonado. Todos vão ficando cegos à medida que o tempo passa, menos uma mulher, a esposa do oftalmologista que foi o primeiro a conhecer um paciente com a patologia. Assim, sendo a única a enxergar, dentro do manicômio, ela passa a ver o caos de uma sociedade em ruínas, onde a brutalidade e a descrença são a lei de pessoas que não se importam com mais ninguém a não ser com si próprias. O “prêmio” de poder ver, na verdade, torna-se uma cruz e ela descobre que talvez fosse preferível não enxergar.
É uma história que incomoda o leitor/espectador porque mostra das mais diversas maneiras, todas repugnantes, a pior faceta do ser humano: o egoísmo.
LINGUAGEM
José Saramago não é um autor de fácil leitura. “Ensaio Sobre a Cegueira” exemplifica isso muito bem. Quase não há pontuação, apenas vírgulas e pontos finais, que tem como missão separar diálogos e passagens. Não é fácil ler grandes trechos sem “respirar”, ainda mais com uma linguagem por vezes rebuscada, talvez por tratar-se de um português “estrangeiro”. Saramago é também extremamente descritivo. A linguagem do cinema, especialmente nesse filme, é essencialmente a audiovisual (apesar de ironicamente ser uma história sobre cegueira). Não é
necessário descrever as coisas, apenas mostrá-las. Portanto, o filme “Ensaio Sobre a Cegueira” tem linguagem