Comparação entre j. gorender e celso furtado

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homens livres pobres

Ambos autores citam a migração de portugueses para o Brasil, contudo divergem em relação a quantidade. Furtado acredita em uma grande expansão do fluxo migratório, pois para ele a economia mineira brasileira oferecia possibilidades a pessoas de recursos limitados, tendo ainda como argumento o fato de Portugal dificultar a emigração “.. para que a emigração suscitasse uma forte reação evidentemente deveria alcançar grandes proporções...” Gorender é mais comedido com números de emigrantes portugueses, limita a população portuguesa no começo do séc XVIII em 2,1 milhões de pessoas, colocando como exagero pesquisadores que dizem terem migrado cerca de 600 ou 800 mil portugueses. Mais do que isso, argumenta que em uma economia agrária marcada por relações feudais, a debandada de população acarretaria em uma grande escassez para o país. Gorender ainda justifica as medidas portuguesas a fim de dificultar a saída de pessoas, não em razão do ouro brasileiro, mas sim pelo aumento da escassez de mão de obra disputada pelos senhores rurais. Tendo em vista esse aumento do fluxo migratório português e o baixo custo para se iniciar na mineração, Furtado diz que os escravos em nenhum momento chegam a constituir maioria da população na economia mineira, e que muitos escravos trabalhavam por conta própria, apenas com a obrigação de pagar quantia pré estabelecida a seu dono, assim tendo a possibilidade de poderem pagar por sua alforria e se tornarem homens livres. A mineração fez com que as pessoas visualizassem a possibilidade de enriquecer, os que detinham posses, em lavras de grande ou pequena escala, os que não possuíssem escravos poderiam trabalhar como faiscadores. Gorender refuta a idéia de mais homens livres do que escravos com dados populacionais do período e as regulamentações para a exploração do ouro. Em 1776, brancos eram cerca de 22% da população enquanto negros escravos seriam 51%. A área destinada

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