Caio prado
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Caio Prado Júnior, Jacob Gorender e a escravidão colonial brasileira: uma apreciação crítica
Andrés Ferrari1 Pedro Cezar Dutra Fonseca2
1.
Introdução
Aparentemente, se trataba de un problema sencillo. Un señor feudal no debía ser difícil de distinguir de un empresario capitalista. Tampoco una economía feudal de una capitalista, ni de una sociedad feudal de una burguesa. Sin embargo, el problema de discernir si las sociedades hispanoamericanas eran de naturaleza feudal, capitalista u otra, se convirtió - y continúa en ese estado - en uno de los más arduos en el campo de las ciencias sociales a lo largo del XX. (CHIARAMONTE, 1983:17).
A citação acima apresenta claramente o objetivo deste artigo: definir o caráter da produção escrava brasileira de acordo com Caio Prado Júnior e Jacob Gorender, dois autores provindos da mesma linha teórica: o marxismo. Mas esta mesma observação de Chiaramonte expressa a
dificuldade e as motivações da controvérsia que envolve a questão da determinação dos sistemas econômicos previstos anteriores à formação do capitalismo no continente
americano. Por isto, a apreciação adequada da posição de cada autor requer atenção a esse debate que, por outro lado, excede os limites do próprio caso brasileiro. Essa controvérsia Chiaramonte resulta mais complexa “el porque, de se modo para de
(1983:101)
concepto
producción no constituyó, en el uso de Marx, el concepto
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). ferrariandres@yahoo.com 2 Professor Titular do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Pesquisador do CNPq. pedro.fonseca@ufrgs.br
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Revista de Economia Política e História Econômica, número 10, dezembro de 2007.
central para la interpretación de la historia”, Cardoso (1973:137) distingue três significados em Marx