Doenças respiratórias
DOS PEQUENOS ANIMAIS
INTRODUÇÃO
Doenças respiratórias ocorrem freqüentemente em cães e gatos. Apesar de sinais clínicos, como tosse e dispnéia, usualmente serem atribuídos a problemas primários no trato respiratório, eles podem advir de desordens de outros sistemas, por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva.
Tanto animais jovens como idosos correm um grande risco de desenvolver doença respiratória. Ao nascimento, os sistemas respiratório e imune são incompletamente desenvolvidos; isto facilita a introdução e a disseminação de patógenos dentro dos pulmões, podendo ocorrer edema alveolar. Em animais idosos, alterações degenerativas crônicas que destroem a depuração mucociliar normal e a barreira imunológica podem tornar os pulmões mais vulneráveis aos patógenos aéreos e às partículas tóxicas.
Uma flora variável de microrganismos comensais indígenas (Pasteurella multocida, Bordetella bronchiseptica, estreptococos e bactérias coliformes) normalmente reside nas passagens nasais de cães e gatos, nasofaringe, traquéia superior e intermitentemente nos pulmões, sem causar sinais clínicos. Infecções oportunistas podem ocorrer por estas bactérias, quando os mecanismos respiratórios de defesa são comprometidos por: 1. infecção por um patógeno primário, como o vírus da cinomose, da parainfluenza, adenovírus canino do Tipo 2 em cães e vírus da rinotraqueíte ou da calicivirose em gatos; 2. outros insultos como inalação de fumaça ou gases nocivos; ou 3. doenças como insuficiência cardíaca congestiva e neoplasia pulmonar. Infecções bacterianas secundárias complicam o manejo das infecções respiratórias virais de cães e gatos. Os patógenos podem continuar a residir no trato respiratório de animais convalescentes. Quando estressados, estes animais podem ter recidivas; eles também podem agir como fonte de infecção para outros. Práticas de manejo inadequadas, como superpopulação, estão freqüentemente associadas com condições higiênicas