Como ser feliz numa sociedade de hiperconsumo?
CURSO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: HISTÓIRIA DA FILOSOFIA VI
PROFESSOR: LUCAS VIANA
COMO SER FELIZ NUMA SOCIEDADE DE HIPERCONSUMO?
Aluno: Antonio Neto da Silva
SÃO LUÍS – MA.
Maio de 2012
LIPOVETSKY, Gilles. A Felicidade Paradoxal. São Paulo: Companhia das Letras, 2007 (Trad. Maria Lucia Machado).
Título: Como ser feliz numa sociedade de hiperconsumo?
Palavras-Chave: Felicidade, Consumo, Modernidade.
Conta-se que Sócrates, ao observar atenciosamente as novidades do comércio grego, foi indagado pela admiração que externava sobre as coisas em que punha os olhos. Sócrates teria respondido que, na verdade, examinava quantas coisas supérfluas existiam e que, portanto, não eram necessárias à sua felicidade. Na trilha do velho mestre da antiguidade clássica podemos nós, também, nos perguntar: será a quase infindável lista de produtos da tecné moderna, transformadas pela superestrutura ideológica (mídia) em “necessidades absolutamente indispensáveis” realmente necessárias à nossa verdadeira felicidade? Lipovetsky (2007, p. 333) citando Nietzsche, afirma que os modernos gostam de afirmar que inventaram a felicidade, de vez que ela se externa pelo ato de tornar o homem o senhor do seu próprio corpo, senão também do seu destino. Ora, nenhum homem, em nenhum lugar do mundo, recusa, para si, a felicidade. E, se recorremos à moderna literatura, até mesmo o suicida, ao dar cabo da própria vida, busca desesperadamente na morte, a felicidade que as contingências da vida terrena lhe recusam. Assim é que, mesmo os que optam por continuar sua peregrinação neste “vale de lágrimas” não escapam às incongruências de um mundo contraditório e inexplicavelmente desigual, pois, como lembra Lipovetsky (2007, p. 17) embora sejam livres os corpos e persistente a miséria sexual, as solicitações hedonísticas se encontrem por toda parte, fazendo da sociedade de hiperconsumo a civilização da felicidade paradoxal. E assim