Fichamento: A felicidade paradoxal
O sistema fordista, ao difundir produtos padronizados, cedeu o passo a uma economia de variedade e da reatividade na qual não apenas a qualidade, mas também o tempo, a inovação e a renovação dos produtos tornaram-se critérios de competitividades das empresas. Em paralelo, a distribuição, o marketing e a comunicação inventaram novos instrumentos com vista à conquista do mercado levando em conta as necessidades e a satisfação do cliente, passamos de uma economia centrada na oferta a uma economia centrada na procura. Política de marca, “criação de valor para o cliente”, sistemas de fidelização, crescimento da segmentação e da comunicação: está em atividade uma revolução copernicana que substitui a empresa “orientada para o produto” pela empresa orientada para o mercado e o consumidor.
No momento em que se intensificam as ameaças de catástrofes ecológicas, a temática do “consumo durável” encontra amplo eco, aparecendo o hiperconsumifor como um ator a ser responsabilizado com toda a urgência, uma vez que suas práticas excessivas desequilibram a ecosfera.
As despesas de consumo da família se tornam o primeiro motor do crescimento.
A nova-economia mundo não se define apenas pela soberania da lógica financeira: é também inseparável da expansão de uma “economia do comprador”. A esse ordem econômica, em que o consumidor como senhor do tempo, corresponde uma profunda revolução dos comportamentos e do imaginário do consumo. De um consumidor sujeito às coerções sociais da posição, passou-se a um hiperconsumidor à espreita de experiências emocionais e de maior bem-estar, de qualidade de vida e de saúde, de marcas, de imediatismo e de