fichamento poucos cap - felicidade paradoxal

O modelo do neoconsumidor não é o individuo manipulado e hipnotizado, mas o individuo movel, o individuo-orbita zapeando as coisas na esperança, muitas vezes frustradas de zapear a propria vida. Em uma epoca de consumo emocional, o importante já não é tanto acumular coisas quanto intensificar o presente vivido. O hiperconsum, este tem a seu cargo rejuvenescer incessantemente o vivido pela animação de si e por expectativas novas; é o hedonismo dos começos perpetuos que alimenta o frenesi das compras.
O ato de consumo visa, na busca do novo, redinamizar o aqui e agora, exorcizar a erosão do tempo individual, reintensificar a duração. Se o universo do consumo é inseparavel da relação com as coisas, é paradoxalmente a preocupação com o tempo que lhe constitui agora a motivação sbterranea.
Cap4
A ORGANIZAÇÃO PÓS-FORDISTA DA ECONOMIA
A sociedade de hiperconsumodesigna a terceira etapa historica do captalismode consumo. Esta não se caracteriza apenas por novas maneiras de se consumir, mas também por novos modos de organização nas atividades economicas, novas maneiras de produzir e de vender, de comunicar-se e de distribuir.
Há uma reestruturação do sistema do capitalismo, iniciado no sec XX, um lado pela revolução das tecnicas da informação, de outro pela globalização dos mercados e a desregulamentação financeira.
A segmentação dos mercados, diferenciação extrema dos produtos e dos serviços, politica de qualidade, aceleração do ritmo de lançamento dos produtos novos, preeminencia do marketing, umas tantas novas estrátegias que, chocando-se de frente com o modelo fordista de organização da produção, favoreceram a emergencia de novos modelos de consumo.
A viragem que se produziu é considerável: de um mercado comandado pela oferta, passou-se a um mercado dominado pela procura.
De um lado a sociedade de hiperconsumo coincide com o trunfo da variedade e do "cliente-rei"; do outro, é contemporanea da unificação mundial dos mercados e das gamas de produtos atraves dos