Como outros modernos brasileiros
Defender o paisagismo essencialmente como manifestação artística foi também uma necessidade que se afigurou para um jovem iniciante na vida profissional, em principio na década de 1930 – Roberto Burle Marx. Pg 105
A atualização estética e filosófica do paisagismo pela aproximação com a arte moderna consubstanciava uma atitude necessária para Burle Marx e muitos de seus pares. Pg. 108
Embora compreendendo cada vez mais as especificidades e necessidades biológicas das plantas, o conjunto de procedimentos estéticos que Burle Marx foi desenvolvendo orientava-se segundo uma lógica própria de harmonias e contrastes cromáticos. Nesse sentido, ele se afastava da influencia do paisagismo inglês do século XVII e seu desejo de mimetizar as qualidades do ambiente natural. Pg. 108
Em meados da década de 1950,os motivos orgânicos cristalizavam-se como imagens símbolo de uma época. Impregnavam as mais distintas faces da produção cultural e material do velho e novo mundo. Eram temáticas apropriadas pela arquitetura, pintura, escultura e paisagismo, sem falar na produção dos mais banais objetos cotidianos. Pg. 168.
Se houve uma obra que representou a síntese mais acabada da disposição de relacionar arquitetura e paisagismo modernos em contextos urbanos no Brasil, foi a proposta do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Nesse encargo, Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx estavam juntos novamente para criar um conjunto arquitetônico – paisagístico num dos mais espetaculares trechos da baia de Guanabara, emoldurado pelos caprichosos morros do Pão de Açúcar. Pg. 248.
Definir lugares como meio de valorização e