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Lúcia Helena Sipaúba-Tavares1
A aqüicultura é um nome genérico, cobrindo uma ampla variedade de técnicas de produção de espécies, criadas sob diferentes condições e localidades geográficas.
O grau e a intensidade com que as técnicas de cultivo perturbam o ambiente são diretamente proporcionais a extensão da exploração dos recursos e desenvolvimento do meio e suas conseqüências, dependerá da localização, tipo de cultivo e técnica empregada.
Nem todas as técnicas de cultivo têm conseqüências ambientais negativas, uma vez que muitos delas são altamente benéficas quando o manejo ambiental é efetivo e sócio econômico sustentável.
Com o crescente desenvolvimento da aqüicultura nacional e a falta de preocupação de seus efeitos no ambiente, estão sendo desenvolvidas técnicas utilizando sistemas alternativos com possibilidade da reciclagem da biomassa para melhoramento da qualidade da água sendo urgentes e necessárias em nosso país.
Existem diversas práticas de manejo em aqüicultura no Brasil, dependendo da região e das condições climáticas locais. Na região sudeste é comum o uso de fluxo contínuo de água onde, a água de um viveiro é passada para o outro sem nenhum tratamento prévio, desaguando diretamente nos mananciais naturais. A passagem de água desta forma pode acarretar ao longo do tempo problemas com eutrofização, causando doenças aos peixes cultivados e conseqüentemente, uma perda na produção.
A água de um viveiro que é drenada diretamente para outro viveiro, pode apresentar composição semelhante ao anterior e se mais ração ou outro tipo de material for adicionado ao viveiro subseqüente, juntamente com as fezes dos peixes e resíduos alimentares que são ricos em nitrogênio e fósforo, levarão com certeza a deterioração da qualidade da água.
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Professora, Doutora da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Centro de Aqüicultura, Laboratório de
Limnologia e Produção e Plâncton (LLPP), Jaboticabal, SP, 14884-900, e-mail: