Como manter o cérebro ativo na terceira idade
Como manter o cérebro ativo na terceira idade
Em 1990, passaram-me uma turma de ginástica conhecida como “turma da vovó”. Era uma academia exclusiva para mulheres - a maioria acima dos cinqüenta anos. Aceitei o desafio e meu interesse por alunos nessa faixa de idade só fez aumentar. A partir daí me dediquei à leitura de livros sobre a Terceira Idade.
No ano seguinte iniciei o curso de Especialização em Ginástica Médica em busca de mais conhecimento para aumentar a qualidade das aulas na turma das “vovós”. O grupo cresceu, o interesse dos alunos (98% de mulheres) e o meu só aumentou. Visando a corresponder às necessidades desse grupo vim para o curso de Geriatria e Gerontologia da UFF (1997).
Fiquei impressionada com as terríveis conseqüências derivadas dos processos depressivos e das demências. As estatísticas dos idosos com depressão são assustadoras. Apaixonada pelo efeito da medicina preventiva e por ter vivência em um grupo homogêneo com casos constantes de esquecimento, depressão, demências, coronariopatas leves e graves, procurei estudar os efeitos do exercício para o bem estar e melhoria da qualidade de vida nessa faixa etária. Em poucas semanas de exercícios regulares dá para notar melhora no caminhar, levantar-se, pegar sua bolsa e, até, na forma (mais íntima) de despedir-se dos colegas de aula. A auto-estima, a renovada confiança em si mesmo, vai voltando de forma bem visível para o professor, a família e os amigos. Vivenciar tais transformações, constitui-se no momento mais gratificante na vida profissional de um profissional. A atividade física, como todos já sabem, traz benefícios imediatos e a longo prazo, para todos, especialmente, o idoso.
Se conseguirmos levar um indivíduo a uma prática regular (três vezes por semana, por exemplo) estaremos lutando