A meta
Com o aumento da expectativa de vida e o crescente contingente de idosos no Brasil, torna-se cada vez mais pertinente pensar em meios de se promover um envelhecimento saudável, ou seja, envelhecer com o corpo saudável, a mente saudável e manter relações satisfatórias com as demais pessoas. Atualmente, já fica claro que pensar em saúde não envolve apenas o corpo físico, abrange também a preocupação com a saúde do ponto de vista biopsicossocial e espiritual. Mas como isso é possível?
Pensar na saúde do corpo envolve manter hábitos de vida saudáveis, como alimentar-se bem, praticar atividades físicas e não se render a nenhum vício, além de consultar um médico regularmente e seguir suas orientações. Quando falamos do ponto de vista psicológico e social, faz-se necessária uma linha de raciocínio mais ampla. A seguir, serão levantados alguns pontos que nos auxiliam a refletir sobre como promover um envelhecimento saudável do ponto de vista psicossocial.
A primeira premissa é, desde a juventude, desmistificar o antigo e errôneo ideal de que o envelhecimento seria, necessariamente, sinônimo de surgimento de doenças ou de dependência. Algumas pessoas realmente passam por um processo de envelhecimento patológico, marcado pelo aparecimento de doenças relacionadas à idade, muitas delas incapacitantes, as quais acabam por interferir negativamente em sua qualidade de vida, gerando dependência e, muitas vezes, impossibilitando sua autonomia – capacidade de tomar decisões sobre sua própria vida. Porém, existem dois outros modelos de envelhecimento: o normal e o bem-sucedido.
O envelhecimento normal é caracterizado por um relativo equilíbrio entre as perdas comuns ao envelhecimento e os ganhos que também podem surgir nessa etapa da vida (esses ganhos e perdas serão mencionados a seguir). Já o envelhecimento bem-sucedido é aquele considerado acima da média das pessoas em geral: as perdas são mínimas e os ganhos superam as mesmas. Acabar com essa