Como era usadas as especiarias no passado
Anne Moraes Sousa e Walter Ruggeri Waldman 2009
Especiarias
Anne Moraes Sousa e Walter Ruggeri Waldman
2009
Especiarias
Anne Moraes Sousa e Walter Ruggeri Waldman 2009
Especiarias
O experimento proposto neste material está relacionado às descobertas marítimas, quando as especiarias eram algumas das mercadorias mais valiosas comercializadas. Especiarias eram comercializadas porque eram exóticas e de difícil obtenção, portanto símbolo de status. Além disso, especiarias têm propriedades medicinais e antimicrobianas, importantes para a conservação dos alimentos, principalmente em uma época em que não havia geladeiras.
Especiarias – descobertas marítimas
Entre os séculos XI e XIV, durante o sistema feudal, era comum a exploração dos camponeses pelos nobres. Antigas áreas de pastagem foram ocupadas por muitos servos e camponeses refugiados desta exploração; florestas foram derrubadas porque esta ação garantia a subsistência dos refugiados. Ao mesmo tempo, outros problemas como alterações climáticas e péssimas colheitas resultaram em baixa produtividade agrícola e alta nos preços dos produtos; o esgotamento de pedras preciosas também gerou dificuldades econômicas. Este quadro teve como conseqüência as revoltas, fugas e protestos de camponeses e servos [i]. Tanta desgraça era vista pelos europeus religiosos como uma vingança de Deus. Mas nada foi tão devastador como a epidemia de peste negra que assolou cerca de 1/3 da população européia. A doença era aterrorizante. As dores eram muito fortes e podia levar à morte em cinco dias após a manifestação dos primeiros sintomas. Tudo que saía do corpo do doente - hálito, suor, sangue dos pulmões - tinha cheiro extraordinariamente ruim. Médicos receitavam remédios exóticos como melaço de dez anos, picadinho de serpente, mirra, açafrão, compostos feitos com especiarias raras, pérolas ou esmeraldas trituradas e até pó de ouro. Naquela época, já ficava evidente que alguns pacientes estimavam o valor