Como eles aprendem, como podemos ensinar
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Conversação e discussões instrucionais Diego Vaz Bevilaqua
Cristine Barreto
Meta
Apresentar os componentes de conversações face-a-face e virtuais e promover habilidades para melhor inserção nas mesmas.
Objetivos
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:
1. Identificar a estrutura geral de uma conversação face-a-face; 2. Identificar as várias fases por que passam tipicamente as discussões instrucionais;
3. Reconhecer as ”máximas da conversação”, relacionando-as a contextos ligados à EAD;
4. Desenvolver noções e práticas de polidez lingüística, relacionando-a mais especialmente a um refinamento das intervenções de mediadores de fóruns virtuais.
Aula 5 –Conversação e discussões instrucionais
É conversando que a gente se entende...
Certamente, se você já deu aula, está acostumado ao uso da linguagem oral como instrumento de ensino. Afinal, desde a pré-escola, a figura de nosso professor ou professora está geralmente associada a conversas e/ou pequenas palestras, não é?
Lembrando um pouco a História, sabe-se que era caminhando e conversando pelos jardins do Liceu que
Aristóteles ensinava aos seus discípulos, os Peripatéticos, há
“Peripatético”
(em grego, περιπατητικóς), é a palavra grega para
‘ambulante’ ou ‘itinerante’.
Peripatéticos (ou ‘os que passeiam’) eram discípulos de Aristóteles, em razão do hábito do filósofo de ensinar ao ar livre, caminhando enquanto lia e dava preleções.
uns 2400 anos atrás – seguindo um estilo conversacional que já estava presente, antes, em filósofos como Sócrates e Platão.
E, ao longo dos muitos séculos que se passaram desde então, não só as conversas com fins educacionais continuaram, como a própria educação liberal foi freqüentemente entendida como uma “grande conversação” entre os mestres do passado e do presente, que estariam ligados não só pela tradição oral, mas pelas melhores obras que deixaram.
A conversa, assim, pode ser considerada a “tecnologia”