Comunidades tribais
O texto revela a ideia de que as comunidades tribais não devem ser avaliadas de forma etnocêntrica. Apesar de não existir nessas sociedades elementos como Estado, classes, escrita, comércio e nem mesmo escola, não se pode dizer que não há ali educação. Trata-se de uma cultura onde natureza se encontra “carregada de deuses”, o sobrenatural penetra em todas as áreas da realidade vivida e os mitos e ritos são transmitidos oralmente, com a tradição se impondo por meio da crença.
De uma forma geral, o chefe é o porta-voz do desejo da comunidade, apaziguando os indivíduos ou famílias em conflito, apelado para o bom senso, bons sentimentos e para as tradições dos ancestrais.
Nas comunidades tribais, as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias nos rituais, ou seja, elas aprendem para a vida e por meio dela própria, sem que ninguém esteja destinado para a tarefa de ensinar. Trata-se de uma educação difusa, onde todos participam adquirindo um saber integral. Logo, não se pode julgar, pois o saber que antes era aberto a todos, tornou-se patrimônio e privilegio da classe dominante.
Ao se analisar a historia da educação, percebe-se que na comunidade atual a escola foi elitizada, de forma que a maioria foi excluída. Contudo, nesse texto o que mais se destaca é a forma como a educação é explanada sobre uma perspectiva diferente de todo as que já tinha tomado conhecimento ate então. Ele aborda um aprendizado com valores na e para a educação. Isso se faz claro quando o texto afirma que apesar de não frequentarem escolas as crianças recebem formação integral, que abrange todo saber da tribo, bem como uma formação universal, uma vez que todos tem acesso ao saber e ao fazer daquilo que é apropriado à comunidade. Podemos afirmar que o homem primitivo vivenciou uma educação prática, levando em consideração suas necessidades de sobrevivência (alimentação, vestuário e abrigo). Nas sociedades primitivas não