Howard Gardner
Os psicólogos usam a letra G para descrever inteligência geral. A inteligência é altamente hereditária. Isso significa que é transmitida pelos genes humanos. Então, se sabemos o quão inteligente nossos pais são, ou, ainda melhor, o quão inteligente nossos avós são, poderemos prever o quão inteligente seremos.
Como é parte do genoma humano, não há muito que podemos fazer; estamos presos à inteligência geral. Gardner discorda de todas essas visões. Ele não acredita que essa visão seja correta. Mas podemos entender uma visão nova melhor se contrastá-la com a visão anterior. O que é interessante é que, a visão tradicional de inteligência é uma visão ocidental da Europa e das Américas.
Se formos ao Extremo Oriente: China, Japão, Coréia, terá uma visão bem diferente de pensar a inteligência, que não se baseia num teste de papel e lápis, nem em ondas cerebrais, mas numa abordagem inter e multidisciplinar focada em como as habilidades evoluíram em milhares ou mesmo milhões de anos, como o cérebro evoluiu e como está organizado hoje nos seres humanos. Que outras habilidades diferentes valorizadas na pré-história em clãs pequenos no leste da África, nos mares do Sul e no Polo Norte.
O que sabemos sobre populações especiais? Crianças prodígios, savants, idiot savants, pessoas com autismo, todas com perfis bem irregulares: são bons em algumas coisas, medianos em outras coisas e abaixo da média em outras.
A visão tradicional de Inteligência não consegue explicar esse tipo de dispersão. Por isso ele juntou todas essas descobertas disciplinares e estabeleceu um conjunto de oito critérios, tirados da antropologia, da história, da psicologia, da genética, da neurologia, e produziu uma teoria de inteligências múltiplas.
Para Gardner, a