Comercialização da carne de rã
A rã criada comercialmente em cativeiro no Brasil é a rã-touro gigante (Rana catesbeiana). Este animal de origem norte-americana, introduzido em nosso país em 1935, foi escolhido pelos criadores devido as suas características zootécnicas, como: precocidade
(crescimento rápido), prolificidade (alto número de ovos por postura) e rusticidade (facilidade de manejo). Outras espécies de rãs (nativas do Brasil, como a rã-pimenta, rã-manteiga ou paulistinha) também podem ser criadas em cativeiro, porém, até o momento, comparativamente à rã-touro, apresentam menor desempenho produtivo e maiores dificuldades técnicas e burocráticas.
As rãs possuem características biológicas e fisiológicas bem distintas dos animais comumente criados. O seu ciclo de vida compreende uma fase exclusivamente aquática (onde recebem o nome de girinos) e outra terrestre (rã propriamente dita, porém com extrema dependência da água).
Histórico e situação atual
A ranicultura paulista teve seu início em 1939, através do fomento realizado pela Secretaria de Agricultura do Estado de São
Paulo. Atualmente, pode-se dizer que a rã-touro é a única espécie utilizada pelos ranários comerciais brasileiros. Como a melhor rã para a criação intensiva, adaptou-se perfeitamente as nossas condições climáticas. Segundo dados publicados em 19991, o Brasil apresenta aproximadamente 600 ranários implantados, 15 indústrias de abate e processamento (7 com SIF e SIE e 8 com processos em andamento),
6 associações estaduais de ranicultores e 4 cooperativas.
A área média recomendada para a implantação de um ranário comercialmente rentável varia entre 500 e 700m2. Com esse projeto, o ranicultor pode atingir uma produção média anual de 2.000 kg de carne.
Recomenda-se água de boa qualidade, preferencialmente de mina ou poço. O custo de implantação médio no Estado de São Paulo varia entre
R$ 30,00 e R$ 50,00/m2 de área construída. O custo de produção médio é de aproximadamente R$