Comentário livro ii capítulo i da física de aristóteles
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Departamento de Filosofia
Filosofia da Ciência I
Professor: Francisco de Moraes
Nome: Ellen Rosa
Trabalho de Filosofia da Ciência
Arte e Natureza
Para Aristóteles, a arte acompanha a natureza no sentido de imitá-la, de tentar reproduzir de alguma maneira aquilo que a natureza dispõe. A natureza das coisas é subjacente e permanece assim, mesmo submetida ao trabalho artístico. Aristóteles entende a natureza como aquilo que dá a arte todas suas possibilidades, sabendo que a arte tem como objeto corpos naturais que continuariam existindo com ou sem a intervenção dela. No livro II de sua Física, Aristóteles mostra que a natureza enquanto tal pode ser conhecida por intermédio da arte. E começa a exposição dessas ideias da seguinte maneira:
[192b 8-14]” Entre os entes, uns são por natureza, outros são por outras causas; por natureza são os animais e suas partes, bem como as plantas e os corpos simples, isto é, terra, fogo, ar e água (de fato dizemos que essas e tais coisas são por natureza), e todos eles se manifestam diferentes em comparação com os que não se constituem por natureza, pois cada um deles tem em si mesmo princípio de movimento e repouso – uns, de movimento local, outros de crescimento e definhamento, outros, de alteração: por outro lado, cama e veste bem como qualquer outro gênero deste tipo, na medida em que encontram suas respectivas designações, isto é, enquanto resultam da técnica, não têm nenhum impulso inato para a mudança, mas, enquanto lhes sucede ser de pedra, de terra ou misturados, eles o têm. Por esses elementos, e nesta exata medida – pois a natureza é certo principio ou causa pela qual aquilo em que primeiramente se encontra se move ou repousa em si mesmo e não por concomitância...”
No trecho citado acima Aristóteles diz que todos os entes são ditos por algo, alguns são por natureza outros por arte e até mesmo por acaso. Obviamente, aqueles que