Comentário Crítico da obra "O Cortiço" de Aluísio de Azevedo
A obra “O Cortiço”, escrito por Aluísio Azevedo, na segunda metade do século XIX, época que no Brasil, a forma governamental ainda era a Monarquia e a escravidão ainda não tinha sido abolida.
Essa obra enquadrada no movimento literário, Naturalismo, opõe aos princípios do Romantismo, e visa retratar a realidade da sociedade. As principais características desse movimento literário vinculados à obra são o darwinismo social, descrição de personagens e ambiente, linguagem coloquial, influência do meio social, antropomorfismo, determinismo e zoomorfismo.
A narrativa demonstra por meio dos personagens e do espaço, as questões sociais, comportamentais, individuais e sentimentais das pessoas da época, mas que podemos nos deparar com as mesmas situações e problemas semelhantes nos dias atuais.
Por meio dos inúmeros personagens apresentados no romance, Aluísio enfatiza uma crítica, valorizando o coletivo, para assim, promover uma importante análise social. Principalmente, quando percebemos que a narrativa, não tem personagens principais, mas, o cortiço que passa por uma personificação de espaço, que torna, além do cenário principal, um artifício para interligar os personagens e suas atitudes.
Os personagens da história são criados a partir de analises científicas, que tem como base o zoomorfismo, determinismo e darwinismo social, um dos personagens, João Romão, que podemos ver que nele, a conduta é distinta em relação ao Miranda, na qual, ambos são portugueses, mas um é ambicioso numa forma que vive na miséria, para ter dinheiro no bolso e obter nomeação de barão, e o outro, passa a história num regime dotal, que depende inteiramente de sua mulher. Mas, de modo geral, a narrativa, se divide em âmbitos diferentes, a questão social e a questão sentimental e individual.
O determinismo expressado na obra está vinculado à crítica que denuncia o rebaixamento a que são submentidos os moradores do cortiço, além do