Combinação do exercício de força com exercícios de resistência cardiorespiratoria

DOCHERTY & SPORER (2000) propuseram um modelo hipotético para explicar como a combinação de exercícios de

força com exercícios de resistência cardiorespiratória, na mesma sessão de treinamento, pode gerar adaptações que

interferem entre si. Explique este modelo, citando: I) as adaptações (centrais e periféricas) que os dois tipos de exercício

promovem; II) as intensidades de exercício adequadas para que estas adaptações ocorram, e III) a zona de intensidade

de interferência.

O Treinamento de força promove adaptações periféricas quando executado com intensidade igual ou superior

a 10RM; estas adaptações referem-se aos aumentos de fosfocreatina, glicogênio muscular, da quantidade de proteínas

contráteis nas fibras musculares e da seção transversa muscular, entre outras. Por outro lado, o treinamento de força

quando executado com intensidade menor ou igual a 5RM promove adaptações centrais (ou neurais), implicando em

recrutamento de maior número de unidades motoras por músculo, aumento da coordenação intra e intermusculares e co- ativação agonista-antagonista.

O treinamento de resistência cardiorespiratória realizado até a intensidade do segundo limiar anaeróbio

promoverá adaptações centrais, referentes à atividade cardio-circulatória-pulmonar. Quando executado com

intensidades próximas ou superiores ao consumo máximo de oxigênio promove adaptações no tecido muscular (ou

periféricas), tais como aumento do número e tamanho de mitocôndrias, aumento da atividade enzimática relacionada

ao metabolismo oxidativo e maior eficiência da captação e transporte de ácidos graxos pelas membranas plasmática e

mitocondriais.

A combinação de exercícios de força com exercícios de resistência cardiorespiratória promoverá adaptações

interferentes quando treinados em intensidades próximas ou superiores a 10RM e do consumo máximo de oxigênio,