Combate ao tráfico de pessoas
Segundo o diretor executivo do UNODC, o tráfico de pessoas envolve milhões de vítimas e gera bilhões de dólares para redes criminosas. “Nenhum país consegue escapar desse crime terrível que viola diretamente os mais fundamentais direitos humanos. O tráfico de pessoas pode acontecer no seu país, na sua cidade, na sua rua, até mesmo na sua própria casa. É exatamente por isso que foi criada a Campanha Coração Azul, para conscientizar as pessoas a nível mundial sobre esse problema que está ao nosso redor. Portanto, todas as nações têm a responsabilidade de confrontar o tráfico de pessoas”, disse Fedotov.
Ele destaca ainda que, para erradicar esse crime, é necessária uma abordagem abrangente e coordenada nos níveis nacional, regional e global: “No Brasil, o Escritório de Ligação e Parceria do UNODC está trabalhando para conseguir fazer isso junto ao Ministério da Justiça através do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”.
Com o slogan “Liberdade não se compra. Dignidade não se vende. Denuncie o Trafico de Pessoas”, a campanha brasileira insere o Brasil na mobilização internacional contra esse crime.
Para o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, o uso do coração azul como símbolo comum e universal permite ampla mobilização social mas, principalmente, permite identificar onde existem centros de apoio e de denúncia. Paulo Abrão explica que as frases escolhidas para a marca da campanha no Brasil são a reafirmação da sociedade brasileira de que seres humanos não são mercadorias e a determinação do governo de combater o tráfico de pessoas.
Para a divulgação do Coração Azul, foi criado um site (coracaoazul.com.br), fôlderes, cartazes e pins que serão distribuídos nos núcleos e postos da rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de todo o país. São parceiros da campanha a Secretaria de Direitos Humanos, a Secretaria de Políticas para as Mulheres e a Rede Globo.