coloraçaõ de gram
Desenho esquemático do que foi visualizado no microscópio:
Figura 1. Morfologia da bactéria Staphylococcus aureus e reação tintorial.
O Staphylococcus aureus é uma bactéria do grupo dos cocos gram-positivos que faz parte da microbiota humana, mas que pode provocar doenças que vão desde uma infecção simples, como espinhas e furúnculos, até as mais graves, como pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico e septicemia, entre outras. Essa bactéria foi uma das primeiras a serem controladas com a descoberta dos antibióticos, mas, devido a sua enorme capacidade de adaptação e resistência, tornou-se uma das espécies de maior importância no quadro das infecções hospitalares e comunitárias.
Fundamentos da técnica de coloração de Gram:
A coloração de Gram é um método de coloração que trata as bactérias com os seguintes reagentes químicos, respectivamente: cristal violeta, lugol, álcool-cetona e safranina. Cada um, destes componentes, reagem de maneiras diferentes na parede celular das bactérias, resultando na coloração desejada.
O cristal violeta e o lugol formam um complexo denominado iodopararosanilina, o qual confere coloração roxa tanto pelas bactérias Gram-positivas, quanto as Gram-negativas.
O tratamento com álcool-acetona extrai os lipídeos, resultando em uma porosidade ou permeabilidade aumentada da parede celular das bactérias Gram-negativas. Assim, o complexo iodopararosanilina pode ser retirado e as bactérias Gram-negativas são descoradas. A parede celular das bactérias Gram-positivas, em virtude de sua composição diferente, torna-se desidratada durante o tratamento com álcool-acetona, a porosidade diminui, a permeabilidade é reduzida e o complexo não pode ser extraído.
A adição de safranina não altera a cor das Gram-positivas, mas confere a cor avermelhada as bactérias Gram-negativas, que foram descoloridas pelo álcool-acetona.
Este processo pode ser resumido através do quadro abaixo:
Soluções em ordem de