Colonização portuguesa
Entre os principais motivos que impulsionaram os colonizadores a essa expansão marítima estava à procura de regiões onde não houvesse a concorrência comercial. Enquanto os outros países se ocupavam do comércio entre eles com o deslocamento das rotas comerciais para o mar, Portugal partia em conquista da África, de onde tirou ouro, marfim, escravos e pimenta malagueta, para tentar alcançar as Índias pelo oriente, e das Ilhas do Atlântico. A idéia de ocupar e povoar não ocorreu de início a nenhum deles, mas apenas a de usar as colônias como feitorias. Mais na frente, viram que as feitorias não funcionariam aqui, pois era um território primitivo e sem mão-de-obra eficaz nesse sentido, daí surge a idéia de iniciar um povoamento, mas apenas no sentido de abastecer e manter as feitorias e organizar a produção dos gêneros que interessavam ao seu comércio. Então, as atividades extrativas foram substituídas pela agricultura. Ninguém a princípio havia sequer cogitado outra forma econômica senão a extração (peixes e peles no norte e pau-brasil aqui).
3. O SENTIDO
Prado conclui que a economia brasileira surgiu voltada para fora, atendendo interesses exógenos, e seu povoamento só ocorreu para que o europeu pudesse explorar comercialmente a terra em proveito próprio. Fomos constituídos para fornecer açúcar, tabaco, ouro e diamantes. Toda a organização ou desorganização da vida no Brasil se deu em função disso, para atender esses precípuos.
4. POVOAMENTO
O povoamento do Brasil foi marcado por uma forte irregularidade de distribuição. Tínhamos 60 por cento da população distribuída em 10 por cento de território litoral. Tínhamos vários núcleos densos ligados a outros por uma rala população, senão inexistente.
Alguns fatores que marcaram o povoamento foram: 1. Portugal povoava muitos pontos simultaneamente; 2. o bandeirismo; 3. as minas; 4. as missões jesuítas; 5. o consumo de carne no Nordeste que fez surgir a pecuária. Soma-se a