collor
Além disso, ocorreram demissões em massa em todas as áreas com o intuito de promover a diminuição dos custos. Com isso, questionou-se tais ações diante de uma conjuntura econômica recessiva. Os argumentos que se alinhavam a favor e contra fundamentavam-se em concepções diferentes de Estado, as quais apresentavam diferentes níveis de aparelhamento e limites de intervenção. A partir disso, perdeu-se até o que havia de consensual antes da posse do Presidente Collor: a necessidade de redefinir o papel do Estado e redimensionar o tamanho do governo.
Por mais que não existisse um conteúdo estratégico bem definido ou um planejamento estruturado, houve um amplo processo de reforma administrativa do Poder Executivo. A própria redistribuição de autoridade e responsabilidade por diferentes áreas de especialização, organismos e níveis hierárquicos puderam caracterizar a mudança organizacional e constituir o conteúdo da reforma administrativa.
Contudo, tal reforma se tornou errática no sentido da desestatização e da racionalização. Muitas das fusões, como a de ministérios, não eram convenientes, pois criavam superestruturas (como o Ministério da Economia e da Infra-Estrutura) sujeitas a pressões de interesses poderosos e dificultavam a supervisão que objetivavam favorecer. Os cortes de pessoais não levaram à reduções expressivas nos custos e, a reforma administrativa desmantelou os aparelhos de promoção da cultura, contribuindo para a paralisação de todos os programas sociais.
Após o início da crise em seu governo, Collor voltou