Ebola
Não há tratamento ou vacina eficaz. Os doentes devem ser postos em quarentena e os familiares impedidos de tocar no corpo dos falecidos.
O vírus ebola fez sua primeira vítima europeia, um missionário espanhol Miguel Pajares, de 75 anos, contraiu a doença na Libéria e foi transferido para um hospital da Espanha. Desde março, a doença já matou mais de mil pessoas na África. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou emergência internacional por causa da epidemia. As autoridades de saúde estão preocupadas porque esta é a primeira vez que o ebola chega a cidades populosas.
Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.
Pelo alto risco de transmissão, pessoas que morreram por ebola devem ser manipuladas apenas por quem esteja usando roupas de proteção e luvas. O corpo deve ser enterrado imediatamente. O período em que a pessoa infectada pode transmitir a doença começa após o surgimento dos sintomas – os primeiros são dor de cabeça e febre, depois o vírus causa dor nos membros, músculos e articulações, problemas no estômago e intestino (dor abdominal, náusea, vômito e diarreia). Durante o período de incubação, o paciente não transmite o ebola. As pessoas podem infectar outras enquanto seu sangue e secreções contiverem o vírus.
Para que a doença não se espalhe, os sintomas devem ser monitorados dia e noite, principalmente nos aeroportos. Segundo a OMS, porém, não há restrições de viagens para os países que apresentam transmissão, porque o risco de infecção para viajantes é baixo – já que é preciso haver contato direto com uma pessoa contaminada, o que tem acontecido principalmente em vilas e povoados rurais. Quem viaja a trabalho para cidades de países como Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria deve evitar contato com pessoas ou animais doentes.