Colaborando com trabalhos feitos

As primeiras noções de referência à palavra cultura foram dadas pelo mundo ocidental, na Idade
Média, e dois países encabeçaram os estudos, e posteriormente debates, sobre o termo ‘cultura’, foram eles: França e Alemanha. Cada uma dessas nações possui uma visão da palavra estudada e diferentes abordagens foram adotadas ao longo do tempo.
É importante sinalizar para uma questão muito significativa do tema, no início de tais estudos e pesquisas, d eterminadas línguas orais não possuíam um equivalente para a palavra
‘cultura’ e por um simples motivo: elas não se posicionaram de forma a querer saber e definir sua cultura. Nesse sentido, é preciso que se estude a gen ealogia do termo e seu laço com a história das idéias.
A evolução semântica da palavra ‘cultura’ se produziu na língua francesa. Vinda do latim cultura que significa o cuidado dispensado ao campo ou ao gado, ela aparece no fim do século XIII para designar uma parcela de terra cultivada.
No século XVI, ela não significa mais um estado, mas

uma ação, o fato de cultivar a terra, pode se referir então ao fato de trabalhar para desenvolvê-la.
Com o passar do tempo o sentido foi sendo transformado, e no século XVIII passa-se de ‘cultura’ como ação a ‘cultura’ como estado do indivíduo “que tem cultura”, abrindo aí a prerrogativa de que uns possuem e outros não, ou seja, um ser natural não possui cultura. Nesse momento dá-se início à oposição conceitual entre natureza e cultura, oposição esta, fundamental para os
Iluministas franceses que concebiam ‘cultura’ como a soma dos saberes acumulados e transmitidos pela humanidade, considerada como totalidade, ao longo de sua história.
‘Cultura’ para os franceses tem o seu sentido muito próximo de ‘civilização’, e às vezes é substituível por ela. Porém cultura evoca os processos individuais, civilização os processos coletivos. O uso desses dois termos (século XVIII) marca o aparecimento de uma nova concepção dessacralizada da história.
Partindo para a abordagem