Coisas a fazer
A hepatite C é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite C (VHC) e que afecta sobretudo o fígado.[1] A infecção é muitas vezes assintomática, embora a infecção crónica possa levar à fibrose do fígado e por fim à cirrose, que normalmente só se manifesta passados vários anos. Em alguns casos, os indivíduos com cirrose contraem Insuficiência hepática ou cancro do fígado, podendo haver ainda complicações que representam risco imediato de vida, como varizes esofágicas ou gástricas.[1]
O contágio com VHC é feito através de contacto sanguíneo, associado sobretudo ao uso de seringas, material médico mal esterilizado e transfusões sanguíneas. Estima-se que em todo o mundo sejam afectadas pela hepatite C 130 a 170 milhões de pessoas. A existência da hepatite C foi proposta durante a década de 1970 e demonstrada em 1989.[2] A doença afecta apenas o ser humano e os chimpanzés.[3]
O vírus permanece no fígado em cerca de 85% dos casos de infecção. Esta infecção crónica pode ser tratada com medicação: a terapia convencional consiste numa combinação de peginterferona e ribavirina, os quais podem ser complementados com boceprevir ou telaprevir em determinados casos. A taxa de sucesso do tratamento situa-se entre os 50 e 80%. Os indivíduos que desenvolvam cirrose ou cancro do fígado podem vir a necessitar de umtransplante de fígado. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado, embora o vírus normalmente se volte a manifestar mesmo depois do transplante.[4] Não existe ainda uma vacina eficaz contra a doença.
Sinais e sintomas
Infecção aguda
A infecção da hepatite C manifesta-se através de sintomas agudos em 15% dos casos.[5] Os sintomas são geralmente pouco intensos e imprecisos, entre os quais a falta de apetite, fadiga,náuseas, dores musculares ou nas articulações e perda de peso.[6] A maior parte dos casos de infecção aguda não tem relação com a icterícia.[7] A infecção desaparece por si própria e de forma espontânea em 10 a 50% dos