Cogito cartesiano

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"Penso logo existo" é umas das mais celebresexpressões filosóficas. Mas qual o seu significado?Trata-se da conclusão do "argumento do cogito"O Cogito Cartesiano ou "Penso logo existo" são umas das mais celebres expressões filosóficas. Mas qual o seu significado? Trata-se da conclusão do "argumento do cogito" (do latim cogito, "penso"), por meio do qual Descartes pretende encontrar o fundamento seguro para a construção do conhecimento. Descartes afirma que devemos rejeitar tudo aquilo no qual não podemos duvidar. Só devemos aceitar as coisas indubitáveis, mas não devemos usar a dúvida pela dúvida como queriam os céticos. O objetivo cartesiano é encontrar uma primeira verdade impondo-se como incontestável certeza. Trata-se de uma dúvida provisória, metódica, voluntária, organizada e sistematizada. Não atingiremos a verdade se antes não pusermos todas as coisas em dúvida. São falsas todas as coisas das quais não podemos duvidar, por isso Descartes rejeita todos os dados dos sentidos, pois eles nos enganam, rejeita também os dados da razão, pois nos induzem ao erro. E após duvidar de tudo, descobre a primeira certeza; o pensamento, o qual a existência não pode ser negada, daí a famosa frase de Descartes; "cogito ergo sum" - "penso logo existo".

O argumento do cogito o coloca diante do solipsismo, um idealismo radical que significa o isolamento da consciência (interioridade) em relação ao mundo exterior, eis o sentido do solipsismo cartesiano, o isolamento do eu, em relação a tudo mais: ao mundo exterior e ao próprio corpo, que também é um elemento externo. O solipsismo é resultado da evidência do cogito, uma certeza tão forte que exige critérios tais que não são aplicados a mais nada.

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