4.4 COESO E COERNCIA TEXTUAL Como se disse, o texto um entrelaamento de palavras que formam um enunciado, por sua vez, associado a outros enunciados com o objetivo de transmitir uma mensagem. Deste conceito, duas conseqncias so resultantes a necessidade de coeso ou unidade, ou seja, um nexo seqencial de idias entrelaadas e, tambm, a obrigatoriedade de coerncia, vale ressaltar uma seqncia de idias deve dirigir-se a outras a ela pertinentes, com adequada relao semntica. 4.4.1 Coeso O texto, j se afirmou mais de uma vez, no um amontoado de palavras desconexas. Ao contrrio disso, a escolha de relaes paradigmticas (associaes livres de uma idia-tema) e sua distribuio sinttico-semntica, ou seja, a combinao horizontal ou sintagmtica de seus elementos, com seqncia. Mais do que isso, a urdidura de diferentes relaes sintagmticas em torno de um. mesma relao paradigmtica, com perfeita integrao horizontal-vertical Veja-se 1. Era um dia claro e animado. Todos queriam desfrut-lo ao lado dos pssaros flores em festa. Eu s queria isolar-me do mundo, fechada no escuro da decepo. Observe-se, agora 2. Era um dia claro e animado. Parecia que todos queriam desfrut-lo ao lado dos pssaros e flores em festa, ou melhor, quase todos, porque eu no conseguia participar daquele entusiasmo. Eu s queria isolar-me do mundo, fechada no escuro da decepo. Comparando-se os dois textos, inegvel perceber que o texto 2 possui um entrelaamento de idias mais vigoroso que o texto 1, pela preocupao com a unidade textual. No o texto, portanto, uma seqncia de termos desunidos, soltos, cada qual atirado num canto. Chapus e vestidos soltos numa loja pouco servem s adquirem valor quando ajustados num corpo feminino que lhes d graa e harmonia. Assim tambm funcionam os elos coesivos, caminhando para trs (regresso) e para frente (progresso) costurando perfeitamente o texto nestes movimentos de vaivm, em conexo sequencial a que se chama coeso. Exemplos de regresso (re (para trs) gressus-us-passo) 1. Leio