Coesão e coerencia
A finalidade é examinar dois desses fatores: coesão e coerência, procurando tornar explícitos mecanismos de estruturação e de compreensão de textos. O assunto é por si bastante complexo e aqui se apresentará não um modelo acabado, mas antes uma proposta, uma linha de reflexões.
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Coesão e coerência — devem-se distinguir?
Há autores que distinguem dois níveis de análise, cor respondendo a coesão e coerência, embora a terminologia possa ser diferente; outros não distinguem, e outros ou fazem referência a apenas um desses fenômenos ou estudam vários de seus aspectos sem qualquer rotulação.
Entendem, então, coesão como um conceito semântico referente às relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto; assim, a interpretação de um elemento depende da interpretação de outro. O sistema lingüístico está organizado em três níveis: o semântico
(significado), o léxico-gramatical (formal) e o fonológico ortográfico
(expressão). Os significados estão codificados como formas e estas, realizadas como expressões. Desse modo, a coesão é obtida parcialmente através da gramática e parcialmente através do léxico.
A coesão, manifestada no nível microtextual, refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, as palavras que ouvimos ou vemos, estão ligados entre si dentro de uma seqüência.
A coerência, por sua vez, manifestada em grande parte macrotextualmente, refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, os conceitos e as relações sub jacentes ao texto de superfície, se unem numa configuração, de maneira reciprocamente acessível e relevante. Assim a coerência é o resultado de processos cognitivos operantes entre os usuários e não mero traço dos textos.
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Como analisar a coesão
Para se obter a coesão, é importante a