coesão textual
A coesão é um mecanismo linguístico que consiste na retoma de elementos, no interior do texto, contribuindo deste modo para a sua unidade.
Há vários mecanismos de coesão: a substituição lexical a repetição coesão lexical a pronominalização a definitivização a articulação interfrásica −> coesão interfrásica o tempo e o aspecto verbais −> coesão temporo-aspectual
Alguns destes processos podem ser incluídos em dois fenómenos de funcionamento oposto: a anáfora, em que um elemento introduzido no texto remete para um antecedente; a catáfora, em que há como que uma antecipação da informação introduzida no texto, posteriormente.
À anáfora pode, ou não, estar associada a co-referência.
Verifica-se uma cadeia de referência quando, num texto, a interpretação de determinados elementos depende de um anterior, cujo referente é identificável.
Dá-se o nome de referência anafórica à que se verifica no interior do texto .
M. Olga Azeredo; M. Isabel Pinto; M. Carmo Lopes, Da comunicação à Expressão − Gramática Prática de Português, Lisboa Editora, (p. 363)
CO-REFERÊNCIA ANAFÓRICA
Ex: Quando lemos Fernando Pessoa descobrimos um ser plural; ele próprio o afirma claramente no poema “Não sei quantas almas tenho”.
As expressões destacadas têm o mesmo referente, remetem para a mesma realidade; no entanto, pronome ele sem o seu antecedente, Fernando Pessoa, não identifica a realidade que pretende representar.
CO-REFERÊNCIA NÃO ANAFÓRICA
Ex: Luís Camões é um dos maiores poetas portugueses. O autor de Os Lusíadas, no entanto, viveu pobre e morreu pobre.
Ambas as expressões remetem para a mesma realidade, têm o mesmo referente. No entanto, nenhuma delas depende da outra para que o referente seja identificado.
CADEIA DE REFERÊNCIA
Existe uma cadeia de referência quando, num texto, a interpretação de determinados elementos depende de uma expressão anterior, cujo referente podemos identificar.