Classificação do relevo segundo Aziz Ab'Saber
No final da década de 1950, o professor Ab'Saber aperfeiçoou a divisão do professor Aroldo de Azevedo, introduzindo critérios geomorfológicos, especialmente as noções de sedimentação e de erosão. As áreas nas quais o processo de erosão é mais intenso do que a sedimentação foram chamadas de planaltos. As áreas em que os processos de sedimentação superam o de erosão foram denominadas planícies. Nota-se, assim, que essa classificação não leva em conta as cotas altimetrias do relevo, mas os aspectos de sua modelagem, ou seja, a geomorfologia.
Azzis Ab'Saber em seu trabalho sobre a classificação do relevo brasileiro levou em consideração em estudo sobre o relevo apenas a atuação conjunta dos agentes internos e externos que atuam sobre a gêneses do modelado da superfície terrestre, ou seja, dos elementos da natureza como: clima, solo, hidrografia, vegetação etc. ) principalmente da ação do clima nos diferentes tipos de rochas. Juntamente com a influência interna representada pelo tectonismo. Segundo esse estudo o relevo brasileiro tem sua formação antiga e resulta principalmente da ação das forças internas da terra e da sucessão de ciclos climáticos. A alternância de climas quentes e úmidos com áridos ou semiáridos favoreceu o processo de erosão e explicam a formação do atual modelado do relevo brasileiro. Nessa perspectiva, Azzis Ab’Saber observou a evolução do clima (paleoclimas), para realizar a classificação do relevo brasileiro, isto é, as dramáticas alterações ocorridas ao longo do tempo geológico no território brasileiro. Portanto, a análise do relevo atual envolveu também o estudo dos chamados paleoclimas, ou seja, os fatores climáticos passados, que contribuem para explicar o modelado do presente. Com base no estudo dos processos fisiológicos que envolveram as rochas que compõem as estrutura geológica de brasileira Azzis Ab’Saber classificou o relevo brasileiro em dois tipos de macro unidades geomorfológicas: