Classe hospitalar
Segundo a psiquiatria infantil, é necessário levar em consideração as necessidades emocionais, físicas e cognitivas, bem como as necessidades intelectuais da criança. O relacionamento com a doença infantil é mediado pela emergência de atenção ao biológico psicológico da criança. Destaca-se também a dimensão vivencial que conta as expectativas de cura sobrevida e qualidade da vida afetiva, de retorno às atividades anteriores e de continuidade com os laços do cotidiano. O acompanhamento pedagógico favorece a construção de uma estabilidade continuidade e segurança diante da aprendizagem. A hospitalização não limita a capacidade de aprender da criança, pelo contrário a aprendizagem em ambiente hospitalar protege seu desenvolvimento e contribui para a sua reintegração a escola após alta.
A classe hospitalar, como atendimento pedagógico educacional, deve apoiar-se em propostas educativas escolares e não somente em propostas de educação lúdica, recreativa ou de ensino para saúde, isso implicará uma regularidade e uma responsabilidade com as aprendizagens formais da criança. Em sua pratica pedagógica educacional diária, visará a continuidade do ensino de conteúdos da escola de origem da criança e o trabalho educativo próprio a cada faixa etária das crianças hospitalizadas.
Nesse empasse, o papel do professor é desenvolver a aprendizagem e o resgate da saúde da criança hospitalizada.
Uma pesquisa de 1998 registrou o atendimento de 405 crianças com diversas enfermidades. Cada criança frequentou de 5 a 10 dias de aula, e detectou que 32,4% das crianças hospitalizadas e incluídas no atendimento de classes hospitalar, apresentavam atraso escolar ou estavam fora da escola; 6,2% apresentavam atraso escolar maior de 3 anos e 15,8% apresentavam atraso de 1 a 3 anos. Crianças que não frequentavam escola chegaram a 10,4%.
Detectou-se também que o tempo de hospitalização das crianças que participaram