Classe Hospitalar
Classe hospitalar: encontros da educação e da saúde no ambiente hospitalar Ricardo Burg Ceccim
A psiquiatria infantil, desde o início deste século, apontou de forma enfática os riscos sofridos por crianças ao permanecerem internadas em hospitais. Os Estudos de Spitz, de 1945, Bowlby, de 1969, e Aajuriaguerra, de 1975, já são clássicos e compõe qualquer formação profissional na qual sejam estudadas as necessidades emocionais e físicas de uma criança especializada.
Para além desa constatação, hoje óbvia, é preciso destacar que a criança que necessita de internação hospitalar necessita também, de especial atenção aos determinantes do desenvolvimento psíquico e cognitivo e aos efeitos de uma hospitalizacão na produção de referenciamento social à subjetividade. Para além das necessidades emocionais e recreativas, é preciso destacar as necessidades intelectuais da criança e, aqui, não se trata de eleger um racionalismo ou um intelectualismo dos significados do adoecer e do tratamento de saúde, mas de reconhecer que os processos que organizam a subjetividade, organizam e são organizados por efeitos de aprendizagem. A aprendizagem é sempre e reciprocamente psíquica e cognitiva, daí os processos psíquicos determinares a cognição e os processos cognitivos determinares o desenvolvimento psíquico. Para além do discurso fácil de que a criança é um ser
/cidadão em desenvolvimento, será que nos atemos ao fato de que ela tem necessidades intelectuais próprias do desenvolvimento psíquico e cognitivo e do referenciamento social que vivencia? Será que no atemos ao fato de que as experiências intelectuais interferem nas sensações
A classe