Etnografia - Classe Hospitalar

A presente pesquisa foi realizada no eixo de Espaços Não-Escolares, mais especificamente na Classe Hospitalar, onde tivemos como principal objetivo investigar como se estabelece essa nova modalidade de ensino. Tal pesquisa acompanhou relatos, observações, questionários sobre o curso de extensão Pedagogia Hospitalar, realizado por uma Universidade do Rio de Janeiro. O nosso trabalho de campo foi realizado dentro desse curso de extensão, com entrevistas de professores atuantes na área.
Inicialmente, quando paramos para analisar, o que seria uma classe hospitalar? É uma escola dentro de um hospital? Geralmente as pessoas ficam surpresas ao descobrir que existe sim educação dentro de um hospital, pois não fazem idéia de que existe, até pelo fato de não ser muito divulgado. Nós mesmas, alunas, descobrimos que só existia essa modalidade esse ano, ao ingressarmos no curso de Pedagogia. Ao longo do semestre descobrimos, na Universidade, que iria abrir um curso de extensão sobre tal assunto e nos inscrevemos. Iniciamos o curso, que aconteceu durante cinco sábados consecutivos. A carga horária total do curso era de trinta horas, contabilizando cinco horas por sábado. A partir de agora apresentaremos uma breve história do trabalho pedagógico hospitalar e como se estabelece, para depois então, darmos início ao que se concretiza no curso de extensão para formação dos docentes nessa área.
Denomina-se classe hospitalar o atendimento pedagógico-educacional que ocorre em ambientes de tratamento de saúde, seja na circunstância de internação ou domiciliar, quando o educando é impossibilitado de frequentar a escola, tendo marco no Brasil a publicação do Estatuto do Direito da Criança e do Adolescente (ECA). A partir desse documento, a sociedade passa a assumir o direito da criança à saúde, à educação, à alimentação e ao lazer. A conquista desse estatuto prevê o reconhecimento legal da ação educativa em hospitais, visando que toda criança hospitalizada tem direito de desfrutar de