Ciência e tecnologia em saúde e sua importância para as pessoas
A partir da segunda metade do século XX e em velocidade crescente, as intervenções médico-sanitárias efetivas dirigidas à saúde das pessoas estão impregnadas de quantidades cada vez maiores de conhecimento científico e de tecnologias diretamente dele decorrentes.
É por essa razão que os temas vinculados à ciência e à tecnologia ocupam um espaço cada vez maior na organização dos sistemas nacionais de saúde. Daí a relevância de conhecermos a dinâmica da pesquisa e desenvolvimento para a saúde em nosso país e no mundo.
Nem sempre foi assim. Nas décadas de 1960 e 1970, a discussão em torno do papel das intervenções médico-sanitárias na determinação do estado de saúde da população esteve particularmente presente. Aos que creditavam a melhoria do estado de saúde das populações na Europa e nos Estados Unidos entre 1750 e 1950 predominantemente a intervenções médico-sanitárias, opunham-se os que argumentavam que aquela tendência teria começado antes de qualquer conquista médico-sanitária relevante. Os primeiros apresentavam as descobertas da vacina antivariólica (Edward Jenner), do mecanismo de transmissão do cólera (John Snow), do bacilo da tuberculose (Robert Koch), da vacina antirrábica (Louis Pasteur), entre outros. A outra corrente de pensamento remetia à melhoria do estado de saúde, entre outros fatores, à melhoria do padrão nutricional das populações, à melhoria das condições de moradia e do saneamento ambiental, a mudanças na estrutura demográfica e à possível atenuação da virulência de agentes etiológicos de algumas doenças transmissíveis.
Um dos principais personagens desse