Geopolitica do petroleo no oriente medio
Em setembro de 2004, em face dos evidentes sinais do descontrole dos preços do petróleo no mercado mundial, as mais importantes autoridades econômicas e financeiras do mundo ( nos referimos aos Estados Unidos, Japão e União Européia – doravante UE) apressaram-se a expor, em público, sua confiança na ordem econômica e nas perspectivas de crescimento mundial. Coube a Claude Mandil, diretor da Agência Internacional de Energia, declarar que o “mercado internacional de petróleo encontra-se suficientemente abastecido”, podendo, portanto, resistir ao impacto dos preços do barril do “cru”.
Enquanto isso o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al Naimi, anunciava que seu país estava disposto a elevar a produção em 30%... em dois anos, chegando a 14 milhões de barris/dia. Por sua vez Ahmad Fahd al Ahmad, ministro do Kwait, prognosticava – sem nenhuma evidência histórica, como veremos a seguir – que os preços cairíam, em especial após as eleições americanas de 2 de novembro (de 2004).
Várias autoridades mundiais, entretanto, apresentavam-se bem menos otimistas, particularmente quando, em 12 de outubro de 2004 o barril do cru tipo Brent, negociado em Londres, ultrapassa a “barreira psicológica”dos U$50,00. Os setores dependentes do petróleo