Ciência e Senso Comum: aproximação e oposição
1. Introdução
O objetivo deste trabalho é expor as concepções de aquisição de conhecimento do senso comum e da ciência. São visões muito opostas e, por esse motivo, geram conflitos que impedem consequências benéficas para ambos os lados. O trabalho do filósofo Wittgenstein sobre o problema da incompreensão na linguagem pode auxiliar na diminuição do conflito entre esses diferentes pontos de vista.
2. Desenvolvimento
2.1- Filosofia como ciência
É reconhecido por grande parte da comunidade acadêmica filosófica o nascimento da filosofia no final do século VII e início do século VI antes de Cristo, na Grécia. Essa se desenvolve a partir do rompimento com o paradigma mítico, caracterizado por narrar a origem de algo: a criação do mundo, dos homens, dos deuses. Geralmente os seres divinos eram os responsáveis pelo início de tudo, pela criação do mundo e dos homens. Assim, o mito era uma compreensão da realidade compartilhada por um grupo, um conjunto de crenças e costumes que manifestam um tipo de pensamento característico de um povo.
Na vida dos gregos, essas narrativas desempenhavam um papel pedagógico ao descrever a história grega e transmitir valores culturais. Por estar atrelado a autoridade divina, ele não está submetido à comprovação, verificação ou experimentação sendo aceito como verdade e se firmando como crença.
Em oposição a essa ideia, surgem os chamados filósofos pré-socráticos que centravam seus estudos na natureza (physis), procurando o princípio de todas as coisas (arché), o fundamento do ser. Com essa atitude, os pesadores rompem com o mito na medida em que buscam uma compreensão não mítica do universo.
Na idade moderna, a racionalidade promovida pelo Renascimento na Europa trouxe novos métodos de investigação para as ciências naturais. A revolução científica no século XVII trouxe um procedimento mais rigoroso, essencial para o desenvolvimento científico, já que permite alcançar um conhecimento