As quatro formas de conhecer o mundo
“O significado da vida é a mais urgente das questões. “(Albert Camus) Desde sempre que o ser humano teve a ambição de compreender o mundo que o rodeia e de responder a questões essenciais sobre esse mesmo. Tais questões resumem-se a “Quem somos?”, “De onde vimos?”, “Para onde vamos?”, as três interrogações de Paul Gaugin, um pintor francês do pós-impressionismo. Na sua obra De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? elaborada em 1897, Paul Gaugin retratou a evolução do Homem. Da direita para a esquerda visualizamos um bebé juntamente com três jovens, quase no centro encontramos duas mulheres falando, possivelmente, sobre o futuro e um ser desnorteado. No centro vemos um ser recolhendo um fruto, entendido possivelmente como o “fruto da experiência”. Na parte final (esquerda) encontra-se um ser envelhecido que, lentamente, prepara-se para a morte.
FIG. 2- De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?
Existem, sinteticamente, quatro formas de “ler” o mundo que nos rodeia e o ser humano: através do senso comum, da ciência, da filosofia e da religião. O senso comum é o tipo de conhecimento que se adquire como resultado das experiências em sociedade relacionadas com as normas, tradições, costumes e ética, sendo, assim, esse conhecimento ditado pelas circunstâncias, pelos valores, pela época em que se vive e emoções, não necessitando de testes ou comprovações científicas. Sendo que o senso comum provém da experiência social e não científica, torna-se um tipo de saber subjectivo e um pouco ingénuo uma vez que não questiona nem pondera outras respostas ao problema em questão. A ciência, ao contrário do senso comum, é objectiva e baseia-se em experiência científica rigorosa sendo por isso um conhecimento seguro e independente aos valores e épocas em que se vive. Por outras palavras, a ciência é uma tentativa de aproximação à verdade e uma tentativa de explicar a realidade. A filosofia, muito resumidamente,