Ciência Política: Utopia x Realismo
A finalidade do texto consiste em analisar o conceito de ciência política discutido por E. H. Carr no primeiro capítulo de sua obra “Vinte anos de crise 1919-1939”. Nos próximos três parágrafos serão abordados: a noção de ciência política, de utopia e de realismo, respectivamente. Finalmente, no último parágrafo, na conclusão, serão apontados os motivos pelos quais a ciência sozinha não basta para resolver questões de cunho político (principalmente no âmbito das relações internacionais). Mostrando que apesar de não solucionar tais questões, a ciência é capaz de ajudar, de aparamentar, as discussões políticas na busca por respostas, também políticas.
No período entre guerras (1919-1939), naturalmente, as pessoas começaram a se preocupar mais com as questões internacionais, o que possibilitou o surgimento da ciência política. Tal ciência consiste num estudo metódico com o intuito de coletar, qualificar e ponderar os fatos. Essa noção de ciência política foi embasada em ideias de outros teóricos como Kant, Maclver e Marx. A ciência política definida por Carr apresenta dois aspectos distintos: a utopia e o realismo. Por um lado, a utopia tem por objetivo mudar um fato sem levar em conta a sua natureza, aspecto imaturo. Por outro lado, o realismo mostra uma fase mais madura ao mesclar análise com observação. Estes dois lados serão desenvolvidos no terceiro e quarto parágrafo, respectivamente.
O surgimento da utopia (estágio da ciência política) ocorreu imediatamente após a 1°GM, seu elemento central é o desejo (ou o objetivo), em que a análise dos fatos fica em segundo plano. No contexto histórico de seu nascimento fazia muito sentido, visto que vários países se encontravam em algum tipo de crise e focavam muito mais nos resultados, nos objetivos, do que nas características relevantes à análise. Robhose se destaca como teórico dessa corrente de pensamento, tal corrente que foi pioneira na tentativa de utilizar um método