Teoria do Estado Maquiavel/Hobbes
Por isso, o pensamento maquiavélico é frequentemente empregado de maneira equivocada e fora do contexto histórico e literário do autor.
Entretanto, dois grandes traços podem ser notados no pensamento maquiavélico — seu realismo e seu cinismo — vistos como falta de ética ou moral.
Realismo e cinismo
Seu realismo vem duma visão puramente renascentista do mundo e das coisas:
A busca da verdade na natureza;
O conhecimento por experiência;
A negação da filosofia escolástica;
A separação entre ciência e crença;
Seu cinismo vem duma visão pessoalmente pessimista sobre a natureza humana:
Os homens são maus pela própria natureza;
A ambição e a ingratidão estão presentes neles;
A vida é a arte da dissimulação e da estratégia;
Os fins almejados justificam os meios empregados.
O realista diz:
“O mundo não é como eu gostaria que fosse, mas é assim mesmo; e devo viver nele.”
O cínico diz:
“Se você estivesse no meu lugar, faria o mesmo que eu; portanto, não me julgue mal.”.
Maquiavel e o Renascimento
O pensamento do filósofo político e diplomata florentino Maquiavel (1469-1527) desenvolveu-se durante um período histórico conhecido como Renascimento, entre os séculos XV e XVI.
Por significar a transição do mundo medieval para o mundo moderno, o Renascimento foi um período de mudanças sociais intensas, marcando rupturas com as formas de pensar.
A invenção de imprensa (1450);
O descobrimento da América (1492);
A Reforma Protestante (1517);
As descobertas de Copérnico (1543).
Humanismo: o homem é centro da criação e criador de si.
Classicismo: inspiração nos modelos da Grécia Antiga.
Heliocentrismo: contestação dos dogmas religiosos.
Racionalismo: a verdade é observável e demonstrável.
Resultados: método científico, navegações, imprensa.
Contexto histórico do filósofo
A Itália nos séculos XV e