Renascimento
O Renascimento Cultural não foi um acontecimento isolado. Ele faz parte de uma ampla gama de transformações culturais, econômicas, sociais, políticas e religiosas que caracterizaram a transição do feudalismo para o capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval.
Como manifestação de uma nova visão de mundo, o Renascimento deslocou o centro de interesses do plano religioso, típico da Idade Média, para o campo profano ou secular (isto é, fora do âmbito da Igreja). Os renascentistas voltaram sua atenção para o mundo e para a realidade humana, não mais se atendo apenas ao sobrenatural e ao divino. O novo enfoque estava ligado ao humanismo, que, embora fosse um termo utilizado originalmente para designai" o conhecimento de Humanidades (disciplinas ligadas à Antiguidade Clássica), frequentemente é interpretado como o estudo e a glorificação do ser humano.
O humanismo foi o veículo por meio do qual os renascentistas tomaram consciência de seu tempo. E, por constituir a parte essencialmente intelectual do Renascimento, o humanismo se tomou um de seus mais importantes elementos definidores.
Fatores do Renascimento Italiano
A nova cultura artística despontou em primeiro lugar nas cidades italianas, em consequência de vários fatores. Um deles foi o precoce desenvolvimento do pré-capitalismo na região, no início da Baixa idade Média, através de grandes empreendimentos comerciais. Paralelamente, a burguesia italiana adquiriu características sociais definidas,