Ciência penitenciária é foco de discussão na ucpel
Vivendo em Genebra, na Suíça, há 16 anos, e natural da Argentina, a pesquisadora esteve pela primeira vez em Pelotas. Tendo como área de dedicação a filosofia penal, Ana abordou na noite do dia 16 o tema “O Tempo como Pena”. De acordo com ela, a palestra instigou a reflexão a respeito do tempo do ponto de vista jurídico, e do ponto de vista de quem está encarcerado. “O sofrimento da intensidade de duração da pena”, disse. Para a pesquisadora, cerca de 85% do direito penal dedica-se a tipificar e categorizar delitos, enquanto pouca atenção se dá à pena em si, e até que ponto ela causa danos realmente.
Para ela, o sentido filosófico de liberdade remete a crescimento e pertença enquanto membro de grupo social. “Quando te privam da liberdade, te expulsam do convívio. É a gravidade da pena em função da exclusão”, afirmou. Segundo a pesquisadora, a pena é maior quando não há essa interação com os demais, fato que envolve os familiares. “E neste momento a sociedade tende a pedir penas mais graves, pois ‘quanto mais tempo de tranqüilidade melhor’, e não se calcula o castigo em si. É necessário saber distinguir problemas psicóticos de delinqüências econômicas”, disse.
Conforme a professora, o encaminhamento da questão está centrado na conscientização acadêmica dos profissionais da justiça e também nos meios de comunicação. De acordo com ela, o trabalho desenvolvido pelo GITEP é muito importante para esta