Circulação extracorporea
Extracorpórea
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Podemos considerar que a fase moderna da cirurgia cardíaca teve início com o advento da circulação extracorpórea. Essa tecnologia permitiu aos cirurgiões parar o coração, incisar suas paredes, examinar detalhadamente o seu interior e corrigir as lesões existentes sob visão direta.
A circulação extracorpórea, em um sentido mais amplo, compreende o conjunto de máquinas, aparelhos, circuitos e técnicas mediante as quais se substituem temporariamente, as funções do coração e dos pulmões, enquanto esses órgãos ficam excluidos da circulação.
As funções de bombeamento do coração são desempenhadas por uma bomba mecânica e as funções dos pulmões são substituidas por um aparelho capaz de realizar as trocas gasosas com o sangue. Um número de tubos plásticos une os diversos componentes desse sistema entre sí e ao paciente, constituindo a porção extracorpórea da circulação.
A oxigenação do sangue, o seu bombeamento e circulação, fazem-se externamente ao organismo do indivíduo[1 - 4].
Na prática, comumente se denomina o sistema utilizado para a circulação extracorpórea de máquina coração-pulmão artificial, aparelho coração-pulmão artificial, ou, simplesmente, bomba coração-pulmão. No jargão da especialidade, as equipes costumam referir-se simplificadamente à “bomba”, para designar o sistema coração-pulmão artificial.
A parte motora do aparelho coraçãopulmão artificial consiste de uma bomba mecânica que impulsiona o sangue através o sistema circulatório do paciente e a parte oxigenadora consiste de um aparelho, o oxigenador, que permite a introdução do oxigênio no sangue e a remoção do dióxido de carbono (CO
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)[3, 4].
Desde a pioneira operação realizada por Gibbon em 1953 até os dias atuais, ocorreram o nascimento, o crescimento e o desenvolvimento da cirurgia cardiaca moderna, e com ela, da circulação extracorpórea, com velocidade inigualável, sendo suplantada, apenas, pela velocidade do