CIRCULAR EM LOJA
Por Kennyo Ismail ⋅ 1 de abril de 2011 ⋅ Deixe um comentário
A Maçonaria possui modelos de circulação que variam conforme o Rito praticado. Há a circulação em esquadria, que respeita a linha entre o Trono da Sabedoria e o Altar e se orienta pelo Pavimento Mosaico recuado; a circulação em sentido anti-horário, chamada de sinistrocêntrica (rara); a circulação em sentido horário no Ocidente e anti-horário no Oriente (mais rara ainda); e a circulação apenas em sentido horário, conhecida como dextrocêntrica, adotada no REAA (muito popular no Brasil).
É claro que cada tipo de circulação maçônica tem seu motivo de existir e sua explicação. Mas, considerando a supremacia do REAA no Brasil e a quantidade de material controverso publicado sobre o assunto, foquemos em sua circulação:
Em primeiro lugar, não percamos tempo com nomenclaturas. Sejamos sinceros, circumambulação e circunvolução são apenas nomes frescos para o que conhecemos por circulação. A intenção dos autores deveria ser de facilitar a compreensão, e não de complicar. Afinal de contas, quando um policial quer que um cidadão se movimente, ele diz “circulando, circulando!” e não “circumambulando, circumambulando!” ou “circunvoluindo, circunvoluindo!”
A verdade é que girar em sentido horário em volta de um Altar não é coisa recente. Enquanto os egípcios valorizaram o lado esquerdo como o lado espiritual, os gregos antigos tinham o lado esquerdo como o “desfavorável” e o direito como o “favorável”, visto que, em regra, o braço direito favorece mais o dono do que o esquerdo. Daí surgiu a referência popular de que “fulano é meu braço direito”. Por esse entendimento, a circulação em torno dos altares gregos era sempre realizada de forma que o lado direito ficasse próximo ao altar.
Já os romanos, adotando o mesmo procedimento, vieram a chamar essa circulação de “dextrovorsum” e relacioná-la ao aparente movimento que o Sol faz diariamente em torno da Terra. Esse aparente movimento do Sol se deve