Circe Bittencourt
Academico (a): Anderson, Adriana, Antônio Murat, Bruna, Gian, Jonne Duarte.
Professora: Msc. Denise Pereira Curso: Licenciatura em História – 3º sem.
A origem do cuscuz
O cuscuz paulista, típico do interior do estado, é uma das poucas receitas "caipiras" que foi incorporada ao cardápio dos restaurantes da capital. Apesar de nos ser tão familiar, não estamos falando de uma fórmula de origem brasileira. O nosso cuscuz deriva do “cous cous” africano, que surgiu na região do Magreb (que compreende Tunísia, Marrocos e Argélia). O prato existe desde a época dos berberes, primeiros povos que habitaram o norte do continente. Há registros de que o cuscuz já era preparado dois séculos antes de Cristo.
Mas de onde vem esse nome tão sonoro? Os africanos dizem que ele deriva do som da sêmola chiando na cuscuzeira durante o cozimento a vapor. Na sua forma original, o cuscuz de Magreb é feito com sêmola de trigo, sendo muito típico o de carneiro. Mas há variações: pode ser acrescido de caldo de carne e legumes, de grão-de-bico, de uva-passa, de tâmaras.
Não há registros precisos sobre como o cuscuz se espalhou pelo mundo e se tornou uma receita tão querida e popular. Uma das hipóteses é a de que o prato teria chegado à Europa com a invasão muçulmana à Península Ibérica, no século XIII. Livros de receitas da época comprovam a assimilação. De lá, os judeus sefarditas europeus, tendo incorporado o cuscuz à mesa, levaram o prato para os locais em que se exilaram, como Itália e Oriente Médio, após serem expulsos da Península Ibérica, em 1492, na época da Guerra Santa.
Para outros autores, o cuscuz teria chegado antes na Sicília. A localização geográfica dessa ilha italiana, muito próxima da costa africana, principalmente da Tunísia, torna muito viável essa teoria. Os sicilianos se agarram com força e muito prazer à tradição. Todo o ano, na cidade de San Vito Lo Capo, realiza-se a Cous Cous Fest, em que são convidados países que tem a cultura do