Cinderela Chinesa
O título “Cinderela” veio muito a calhar, pois Adeline realmente viveu em condições bem parecidas à da Cinderela “italiana”. Italiana? Pois bem, no final do livro nós descobrimos que a Cinderela que conhecemos, da versão italiana, pode ter sido uma cópia ou adaptação da história chinesa, que é oitocentos anos mais antiga! Interessante também é que o livro contém a história da Cinderela Chinesa, em pictogramas e a tradução.
A vida de Yen Jun-ling (no início explica bem como as pessoas se chamam, porque em cada ocasião é usado um nome. Yen é o sobrenome, e sobrenome chinês vem antes do nome.) é muito difícil. Ela têm 4 irmãos, e após o nascimento dela, a mãe faleceu. Por conta desse fato, os irmãos acham que ela trás azar.
Um ano depois da morte e nascimento de Jun-ling, o pai dela casou-se novamente. Jeanne tem dezessete anos, e é catorze anos mais nova do que ele, e ainda por cima, ela é eurasiana: meia francesa e meia chinesa. A madrasta terá um casal de filhos, e totalizará 7 filhos (3 meninas e 4 meninos).
Boa parte da infância, Jun-ling viveu em Tianjin (天津市), depois em Xangai (上海), e por último em Hong Kong (香港). Cada vez que eles mudam de cidade, normalmente o idioma muda. Como assim? Depende da concessão sob a qual a cidade estava. Outra informação muito útil é o mapa da China na primeira página, que ajuda se localizar durante a leitura.
Em Tianjin, Adeline viveu a parte menos difícil de sua vida na China. Mas, em Xangai, muitas mudanças aconteceram. Entre elas, na própria casa houve uma segregação, em que o primeiro andar (sala e cozinha) só podia ser usado livremente pelos filhos da madrasta. O segundo andar, só tinha os dormitórios dos pais, e os filhos do segundo casamento. Já no terceiro andar, ficaram todos