Artigos Para O TCC
POR TATIANA FARAH
23/09/2014 6:00 / ATUALIZADO 23/09/2014 17:06
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Maria Solange Araujo perdeu o filho Daniel, em 2010, vitima de bala perdida - Fernando Donasci / Agência O Globo
SÃO PAULO — Maria Solange Araújo sai pelas ruas do Bom Retiro, bairro de confecções de São Paulo, recolhendo restos de tecidos. Junta tudo em caixas que se acumulam no pequeno imóvel alugado onde vive com o filho Artur, de 9 anos. O quartinho vai ficando menor, mas a dor não passa. Solange perdeu o filho de 21 anos, Daniel, para uma bala perdida, em 2010, quando ele saiu de casa com amigos e foi morto por disparos durante uma ocorrência entre a polícia e supostos ladrões na periferia da cidade. Ninguém foi punido.
A história de Solange, que, com o ex-marido e a filha, percorre os corredores do Tribunal da Barra Funda para buscar respostas, repete-se pelo país. Um relatório divulgado pelas Nações Unidas revela que o Brasil é o segundo país onde há mais ocorrências de balas perdidas da América Latina e o terceiro com o maior número de mortes por elas provocadas. O ranking internacional foi estabelecido por um levantamento das Nações Unidas que contabilizou 22 brasileiros mortos e 53 feridos, entre 2009 e 2013. E a situação se mostra mais grave ainda este ano. Uma amostragem feita pelo GLOBO aponta que pelo menos 22 pessoas morreram vítimas de balas perdidas entre janeiro e setembro, sendo que nove eram crianças de até 12 anos de idade.
O Centro Regional das Nações Unidas para a Paz, Desarmamento e Desenvolvimento na América Latina e Caribe