Cimento
A palavra Cimento vem do latim “Caementum”, termo que identifica um material com propriedades hidráulicas, isto é, um “ligante” que misturado com água endurece, tanto no ar como na água.
Os Romanos foram o primeiro povo a utilizar misturas de cal, areia, pedra partida e outros materiais, para a construção de edifícios e pavimentos. A cal só com areia e água era apenas usada para unir estruturas de pedra.
Através da experimentação de novos materiais, os Romanos descobriram que determinadas rochas vulcânicas, adicionadas à cal, ofereciam maior resistência à acção da água doce ou salgada. Destas, destacou-se um material de cor escura, abundante nos arredores de Pozzuoli – Nápoles, junto ao vulcão Solfatara, que ficou conhecido por “pozolana”. Da mistura da cal, cascalho e destas rochas vulcânicas (em forma de areia) foram construídos monumentos como o Panteão Romano, o Coliseu e a Basílica de Constantino.
Durante a Idade Média, a qualidade das construções e a sua duração foi bastante inferior á dos Romanos, levando a crer que eventuais segredos industriais de doseamento e fabrico se tenham perdido ou que os materiais empregues nesta era fossem de má qualidade.
Em 1756, John Smeaton, na Grã-Bretanha, anunciou que a existência de argila no calcário era o mais certo índice da qualidade do produto obtido pela sua calcinação para obras hidráulicas.
A propriedade hidráulica da mistura obtida no tempo dos romanos foi explicada por Louis Vicat que, em 1817, elabora a teoria da hidraulicidade, indicando de forma detalhada as proporções de calcário e de sílica necessárias para obter artificialmente a mistura que, após uma cozedura à temperatura conveniente e após a sua trituração, será um verdadeiro aglutinante hidráulico. A indústria do cimento tinha acabado de nascer.
Sete anos mais tarde, em 1824, Joseph Aspdin patenteou o processo de fabricar um ligante hidráulico de uma mistura de calcário e argila, que diferia do de