CIENCIAS
Sociodiversidade é a posse de recursos sociais próprios, de modelos diferentes de autoridade política, de acesso a terra ou de padrão habitacional, de hierarquias próprias de valores ou prestígio.
Além de ser um princípio disciplinar da antropologia, a sociodiversidade é um requisito imprescindível para a reprodução das sociedades indígenas nos nichos espaciais e políticos a elas reservados no panorama global, e, nesse sentido a reflexão sobre sociodiversidade precisa colocar em discussão como essa sociodiversidade tem sido tematizada no movimento ambientalista e nas políticas públicas, avaliando-se as implicações destas visões e destas políticas para a sustentabilidade ambiental e para a continuidade sociocultural e qualidade de vida destas populações. A Sociodiversidade em Saúde desenvolve investigações científicas através de abordagens sócio-epidemiológicas de forma a produzir conhecimentos sobre o processo saúde/doença, bem como dos significados histórico-culturais desse mesmo processo. Entre os objetivos de seus projetos principais está:
Desenvolver análises da relação entre condições de vida e situações de saúde com ênfase em abordagens sócio-epidemiológicas e ambientais da produção, reprodução e modulação dos processos de saúde /doença.
Desenvolver investigações sócio-antropológicas que viabilizem a apreensão dos significados culturais do processo saúde/doença na Amazônia, promovam a articulação entre ciências sociais e epidemiologia e possibilitem a construção de objetos interdisciplinares de estudos em saúde nas populações vulneráveis (indígenas, afro-descendentes, ribeirinhos, moradores de periferia dos grandes centros).
Para entender a sociodiversidade brasileira é preciso refletir sobre o modo como os povos indígenas na América Tropical e Subtropical desenvolveram nas suas cosmologias - modos de objetivação da natureza (outras formas de vida, animais, humanos, astros, etc.) e da sociedade - avaliando as implicações