Ciencias sociais
É um documentário dos diretores brasileiros João Jardim e Walter Carvalho, que trata dos sentidos da visão.
Um filme sobre as diferentes formas de ver.
O filme é composto de 19 depoimentos de pessoas com problemas visuais. A idéia surgiu da vivência do diretor João Jardim, que achava que o fato ter uma miopia muito grande teria influenciado em sua personalidade e até mesmo em sua vida.
O DOCUMENTÁRIO tem como ponto de partida a dificuldade de visão onde são colocados alguns depoimentos de pessoas de baixa visão como o filósofo e fotógrafo esloveno Eugen Bavcar que ficou cego em decorrência de acidentes de guerra, mas nem por isso deixou de exercer a tarefa que é a sua paixão, a fotografia ou do músico brasileiro Hermeto Pascoal, que sempre enxergou muito pouco, ou do vereador mineiro Arnaldo Godoy, que perdeu a visão no fim da adolescência. O trio é responsável por alguns dos trechos mais tocantes do filme, fazendo pensar sobre como pode ser pobre nossa visão do mundo se feita só com os olhos. Os diretores destacam ainda as falas do escritor português José Saramago e do cineasta alemão Wim Wenders onde ele confidência que o uso de óculos fez sua visão ficar mais “seletiva”, em virtude da armação que possuía, e que, quando os deixou de lado para usar lentes de contato, acabou sentindo falta do “foco” propiciado pela armação dos óculos que utilizava. A partir daí, o filme desenvolve uma reflexão emocionante sobre o que é o “OLHAR”.
Em contrapartida, no documentário também existem depoimentos que contam um lado “não tão nobre” da deficiência visual, no que diz respeito à vergonha em decorrência de anomalias que levam ao estrabismo e deixam a pessoa que se encontra nessa situação bastante fragilizada perante os seus semelhantes, seja durante a infância ou mesmo da vida adulta, quando são deparados com essa adversidade que os perseguirão pelo resto de suas vidas. Mas, o que mais importa nesses casos é o poder de superação e